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No início da década de 80, surgiu “O Pecado é Nosso”, um dos primeiros movimentos da sociedade no sentido de preservar a restinga da Praia do Pecado e oferecer resistência à onda especulativa que se iniciava em nossa cidade. 

 

Durante as décadas de 80 e 90 começaram as sucessivas agressões à restinga da Praia do Pecado. Com incremento da população em Macaé, diversas gerações passam mutualmente a interagir na defesa da restinga. No ano de 1996, com a tentativa do poder público de construir um calçadão na orla da praia, surge uma forte reação da sociedade, é quando toma corpo o “Movimento S.O.S Praia do Pecado”.

 

 

 

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A resposta da população ao chamamento feito pelo S.O.S Praia do Pecado e entidades ambientais foi fantástica, tanto que junto a grande parte dela, realizamos no mês de fevereiro de 2000, março de 2007 e janeiro de 2011, três grandiosos abraços em toda restinga.  Tomando o caráter legal, o S.O.S Praia do Pecado ampliou sua atuação junto ao Ministério Público, junto a outras entidades de defesa ambiental, acompanhando e alimentando de subsídios o Ministério Público, dentro de ações em defesa do direito difuso. Tratou de participar de inúmeros fóruns da sociedade civil organizada, como a elaboração do Plano Diretor da cidade de Macaé, Conselho Municipal de Meio Ambiente, Conselho Consultivo do Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, Comitê de Bacias Hidrográficas MRA-5, Agenda 21, Agenda 20-30, revisão da Lei Orgânica da cidade, Feiras de Responsabilidade Social etc. Sempre trabalhando ativamente na proposição de políticas públicas e na defesa do meio ambiente.

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Durante uma quente noite de verão de janeiro de 2000, acontece a maior de todas as agressões. Numa operação de guerra, com inúmeros caminhões de barro vermelho, tratores, forças de segurança municipais e reto escavadeiras, se tenta na marra abrir  uma estrada de barro sobre a fina e clara areia da Praia do Pecado. Destruindo inúmeros nichos de restinga, matando a fauna, deformando a praia, promovendo um verdadeiro desastre ambiental. Instalou-se uma batalha entre ambientalistas e agressores, sangue foi derramado.  A obra foi embargada por todos os órgãos fiscalizadores, exceto os municipais. Não existiam licenças para tal. Instaurou-se inquéritos policiais, denúncias ao Ministério Público, intensas e novas mobilizações populares. Com tudo isso, novos rumos foram tomados pelo S.O.S Praia do Pecado. Fora necessário se legalizar, torna-se uma Organização Não Governamental, para enfrentar os grandes desafios que vinham pela frente. Enfrentar um ente poderoso, com grande capital financeiro, sem nenhum compromisso com a qualidade de vida em nossa cidade.

 

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O Movimento S.O.S Praia do Pecado tem se dedicado e lutado pela transformação da restinga da Praia do Pecado em um Parque Natural Municipal, onde teríamos seu uso destinado ao coletivo e voltado para a preservação e proteção ambiental.

 

Portanto, necessitamos que o poder público conclua o processo de desapropriação em andamento, até hoje foram vários, efetivando o pagamento da indenização ao atual proprietário, pelo valor venal da área, descartando o valor especulativo que se reivindicam. 

 

  Com três décadas de existência, o S.O.S Praia do Pecado tem sido fonte para estudos e teses de pós-graduação de renomados institutos e núcleos educacionais como o Nupem-UFRJ.  Continuamos a exercer o papel de fiscalizador da restinga, a todo momento denunciando e combatendo as possíveis degradações. Utilizando as redes sociais como instrumento de mobilização. Participamos de fóruns de defesa do meio ambiente e de proposições de políticas públicas do município e região. Buscando junto ao poder público uma definição em relação ao processo de desapropriação de toda área de restinga e posteriormente a criação do Parque Natural da Restinga da Praia do Pecado.